O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou, nesta terça-feira (15), uma investigação sobre possíveis novas tarifas para todas as importações de minerais essenciais pelo país, numa escalada da disputa com parceiros comerciais globais e numa tentativa de repreender diretamente a líder do setor, a China.
A ordem expõe o que fabricantes, consultores da indústria e acadêmicos, entre outros, vêm alertando há muito tempo: que os EUA dependem excessivamente de Pequim e de outros países para obter versões processadas dos minerais que alimentam toda a sua economia.
Trump assinou uma ordem na Casa Branca instruindo o Secretário de Comércio, Howard Lutnick, a iniciar uma investigação de segurança nacional sob a Seção 232 da Lei de Expansão Comercial, de 1962. Essa é a mesma lei que Trump usou em seu primeiro mandato para impor tarifas globais de 25% sobre aço e alumínio e que ele usou em fevereiro para iniciar uma investigação sobre potenciais tarifas sobre cobre.
A dinâmica de mercado para todos os minerais essenciais — incluindo cobalto, níquel e as 17 terras raras — será estudada para possíveis tarifas, de acordo com a ordem, que adicionou urânio e quaisquer outros elementos que as autoridades federais dos EUA considerem necessários.
Atualmente, os EUA extraem e processam quantidades escassas de lítio, têm apenas uma mina de níquel — mas nenhuma fundição do metal — e não possuem mina ou refinaria de cobalto. Embora possuam várias minas de cobre, os EUA têm apenas duas fundições do metal e dependem de outras nações para processá-lo.
“A dependência dos Estados Unidos em relação às importações e a vulnerabilidade de nossas cadeias de suprimentos aumentam o potencial de riscos à segurança nacional, à prontidão da defesa, à estabilidade de preços e à prosperidade e resiliência econômica”, disse Trump na ordem.