A TikTok Shop, que permite aos usuários vender produtos na plataforma, deve ser lançada no Brasil em abril, apenas um mês após sua estreia no México.
A chegada de um novo participante pode impactar o cenário do e-commerce brasileiro, e alguns bancos já estão analisando empresas que podem ser mais ou menos afetadas por essa novidade.
Relatórios do Santander e do Itaú indicam que a funcionalidade deve começar a operar no próximo mês, com base em informações do site chinês DSB.
A reportagem entrou em contato com o TikTok, mas a empresa não confirmou a data de lançamento da ferramenta.
Segundo um relatório do Santander, o lançamento da TikTok Shop no México revelou uma abertura para parcerias com empresas estabelecidas, incentivos agressivos aos vendedores e uma maior adesão nas categorias de beleza, moda e casa.
Diante desse cenário, o banco avalia que a chegada da nova ferramenta pode representar uma oportunidade significativa para empresas locais, especialmente em segmentos com altos níveis de engajamento na plataforma, como beleza e cuidados pessoais, moda, produtos relacionados à saúde e eletrônicos.
Com isso, algumas marcas foram apontadas pelo banco como mais preparadas para a chegada da TikTok Shop no Brasil:
- C&A;
- Magazine Luiza;
- Mercado Livre;
- Natura;
- Renner.
No entanto, mesmo com a experiência positiva no México e a possibilidade de novos negócios, o Santander destaca a urgência de os varejistas brasileiros desenvolverem estratégias específicas para a plataforma.
Segundo o relatório, as empresas menos preparadas são:
- Azzas 2154 (fusão da Arezzo&Co e Grupo Soma);
- Guararapes (Riachuelo);
- Grupo SBF;
- Vulcabras.
O banco também projeta que a plataforma deve iniciar suas operações no Brasil com benefícios como dias sem comissões, frete grátis e proibição de joias, produtos alimentícios e itens usados nos primeiros 90 dias.