O ministro da Informação do Paquistão, Attaullah Tarar, afirmou nesta quarta-feira (30) que o país possui informações confiáveis de que a Índia pretende lançar um ataque militar nas próximas 24 a 36 horas.
Isso ocorre em um momento de aumento das tensões entre as duas nações com armas nucleares. A Índia alegou que havia elementos paquistaneses envolvidos no ataque que matou 26 pessoas em um ponto turístico na Caxemira indiana na semana passada.
Islamabad negou qualquer envolvimento e pediu uma investigação neutra.
Desde o ataque, as nações com armas nucleares adotaram uma série de medidas umas contra as outras, com a Índia suspendendo o Tratado das Águas do Indo e o Paquistão fechando seu espaço aéreo para companhias aéreas indianas.
“O Paquistão tem informações confiáveis de que a Índia pretende lançar um ataque militar nas próximas 24 a 36 horas, usando o caso de Pahalgam como um falso pretexto“, disse Tarar em uma publicação na plataforma de mídia social X.
“Qualquer ato de agressão será recebido com uma resposta decisiva. A Índia será totalmente responsável por quaisquer consequências graves na região“, acrescentou.
O Ministério das Relações Exteriores da Índia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, prometeu perseguir e punir os agressores.
A Caxemira, de maioria muçulmana, é reivindicada integralmente pela Índia e pelo Paquistão. Cada um controla apenas parte dela e já travou guerras pela região do Himalaia.
O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Muhammad Asif, disse à Reuters que uma incursão militar da Índia era iminente.
O Paquistão está em alerta máximo, mas só usará suas armas nucleares se “houver uma ameaça direta à nossa existência”, disse Asif em entrevista em seu escritório em Islamabad.