Operação combate extorsão contra presos em hospital penitenciário no RJ

Operação combate extorsão contra presos em hospital penitenciário no RJ

Uma operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro cumpriu, na manhã desta terça-feira (11), dez mandados de busca e apreensão contra um grupo criminoso que atuava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu, no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho (Seap/HA). O grupo era responsável por extorquir presos em troca da emissão de laudos e atestados médicos.

Segundo o MPRJ, inspetores policiais penais identificavam os detentos com maior poder aquisitivo e, quando era exigido um laudo médico ou nutricional, o grupo criminoso obrigava que quantias elevadas fossem pagas para o fornecimento de documentos que favorecessem os presos. Um desses favorecimentos seria a prisão domiciliar.

A pedido do órgão, a 3ª Vara Especializada em Organizações Criminosas determinou o afastamento do subsecretário de Tratamento Penitenciário da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Lúcio Flávio Correia Alves.

Além dele, os inspetores envolvidos, identificados como Thiago Franco Lopes, Aleksandro dos Santos Rosa e Márcio Santos Ferreira, também foram afastados por suspeita de corrupção ativa e passiva e concussão. Os policiais foram proibidos de assumirem novas funções públicas.

Segundo as investigações, uma advogada também estaria envolvida no esquema, ao atuar como intermediária entre detentos e familiares para a exigência dos pagamentos.

A operação contou com apoio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e com o acompanhamento da Comissão de Defesa de Prerrogativas da OAB e da Corregedoria da Seap/RJ.

Segundo o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), a investigação começou a partir de informações da própria Corregedoria.

A tenta contato com a Seap e o espaço segue em aberto.

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