Neymar sofreu mais uma lesão durante a partida entre Santos e Atlético-MG, válida pela 4ª rodada do Brasileirão, nesta quarta-feira (16).
Esta é mais uma das diversas lesões que marcaram a carreira de Neymar. Desde 2014, o craque não passou uma temporada sem perder jogos devido a problemas físicos. No total, ele já passou 1.445 dias afastado, o que equivale a quase 4 anos em recuperação.
Nesse período, o jogador perdeu um total de 249 jogos. O período mais longo de afastamento foi recentemente, pelo Al-Hilal em 2024, quando ficou 369 dias fora dos campos devido a uma ruptura do ligamento cruzado (LCA).
Outras lesões que demandaram longos períodos de recuperação ocorreram durante sua passagem pelo PSG, onde enfrentou afastamentos de cerca de 100 dias devido a fraturas no metatarso e cirurgia no tornozelo.
Recém-chegado ao Santos para tratamento de lesão, Neymar já enfrenta a segunda lesão desde seu retorno ao clube.
O técnico interino César Sampaio, que substitui o demitido Pedro Caixinha, informou que a contusão ocorreu na mesma coxa que apresentou problemas nos últimos meses.
Neymar estava afastado devido a uma lesão muscular na coxa esquerda desde a semifinal do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, em 9 de março de 2025. O jogador passará por novos exames nesta quinta-feira (17).
“Infelizmente, sim (problema na mesma coxa). Ainda é muito cedo, não temos um diagnóstico preciso, que será feito amanhã. É uma perda importantíssima“, disse Sampaio, que também comentou sobre as opções de reposição no elenco.
“As reposições têm sido eficazes. Vamos procurar bastante para que nosso ideal venha e que ele não fique ausente por muito tempo. Vamos preparar o substituto, as reposições, para que possamos evoluir nesse período em que ele estiver fora e encontrar soluções qualificadas“, acrescentou.
O treinador interino também avaliou que o Santos perde “o dobro da qualidade na criação de jogadas“ sem Neymar.
“Até então (lesão de Neymar), o que planejamos estava acontecendo. Sem o Ney, perdemos o dobro da qualidade na criação. Ao colocar o Rollheiser, temos uma característica próxima à do Ney. Não conseguimos sustentar, fazer essa aproximação com o Tiquinho, até a superioridade no segundo e meio-campo. Ficamos muito dependentes de jogadas individuais, principalmente com o Barreal e o Guilherme“, explicou.
Cesar Sampaio analisou a postura do Santos no segundo tempo, que optou por se defender diante da pressão do Atlético.
“Sustentamos a primeira parte com as substituições do Atlético, uma aposta em um modelo de alto risco, mas com uma imposição técnica ofensiva e jogadores mais contínuos, com mais tempo de trabalho. Esta competição está muito equilibrada, qualquer jogo mostra que, independentemente do setor, é preciso respeitar a força do adversário. Nosso retrospecto também faz com que um gol signifique muito. Adotamos um modelo mais conservador para jogar na transição, que não é a maneira que eu gosto de jogar, mas em determinado momento será preciso“, concluiu.