O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, voltou ao Rio Grande do Sul hoje, um ano depois da inundação que destruiu parte do Estado.
Em evento promovido pela Assembleia Legislativa de Porto Alegre, o executivo reforçou que sem um Estado forte o Brasil não consegue enfrentar os problemas trazidos pelos extremos climáticos.
“Não haverá transição energética sem a presença do Estado. O Estado é fundamental para suportar e reverter as condições extremas climáticas. Quando a enchente chegou (no Rio Grande do Sul), batemos recorde de volume de crédito que ofertamos”, disse Mercadante, ressaltando que apesar da tragédia que tirou quase 200 vidas, após a ajuda do governo federal a economia do estado cresceu 4,9% no ano passado.
“Lula é o único presidente da República que já morou em uma casa que foi alagada. Ele veio cinco vezes ao RS e acelerou a ajuda ao estado”, recordou.
Segundo Mercadante, passado um ano da tragédia, dois terços das empresas que receberam crédito cumpriram a condição de retomar o mesmo número de empregados que tinham antes das enchentes. Para as que não cumpriram a exigência, Mercadante acenou com uma possível postergação de prazos.
“Se for necessário, o Conselho Monetário Nacional (CMN) pode prorrogar um pouco esse prazo para não ser uma medida punitiva, acho muito mais difícil votar uma nova lei”, explicou.
“Vamos chamar as centrais sindicais para juntos a gente ver como supre essa deficiência e evita punir o empresário”, complementou.