Ao optar por não comparecer ao evento do 1º de maio em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu gravar um vídeo que será exibido às centrais sindicais e militantes neste Dia do Trabalhador.
Lula ouviu apelos de dirigentes sindicais, nesta terça-feira (29), para que estivesse presente nas comemorações da data.
O petista não confirmou presença e deverá enviar, como representantes, os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, e do Trabalho, Luiz Marinho.
Aliados justificam que Lula não quis se comprometer porque dois eventos devem ocorrer simultaneamente: um em São Paulo, outro em São Bernardo do Campo.
Foi antecipado que, no discurso aos sindicalistas, Lula reforça que o movimento sindical precisa se atualizar, pois não alcança mais a juventude.
No vídeo, o presidente afirma que as pautas precisam ser novas e que os sindicatos devem aprimorar a comunicação nas redes sociais.
Lula também demonstrou apoio à redução da jornada de trabalho e ao fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho e um de folga na semana).
Os líderes das centrais entregaram reivindicações da classe trabalhadora. O encontro entre o presidente e os sindicalistas durou aproximadamente três horas.
Nos bastidores, a ausência de Lula é vista como uma precaução do presidente em relação à possibilidade de esvaziamento dos atos, como ocorreu em anos anteriores.
Em 2024, Lula participou de um evento em São Paulo e fez uma repreensão pública ao ministro da Secretaria-Geral, responsável por convocar os movimentos sociais.