A Blackstone divulgou nesta quinta-feira (17) um lucro no primeiro trimestre maior do que o previsto, impulsionado pela receita das vendas de ativos em seus negócios de private equity e crédito.
As incertezas provocadas pelas políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, especialmente em relação às tarifas, provocaram instabilidade nos mercados e diminuíram o apetite por negócios, em uma reversão acentuada em relação ao início deste ano, quando as esperanças de desregulamentação haviam aumentado o entusiasmo.
Mas os resultados da Blackstone enfatizam como os grandes gestores de ativos alternativos podem aproveitar oportunidades seletivas de negócios, mesmo em um ambiente desafiador.
“Estamos bem posicionados para enfrentar o ambiente atual”, disse o presidente-executivo da Blackstone, Stephen Schwarzman.
Os lucros distribuíveis, que representam o dinheiro que pode ser usado para pagar dividendos, cresceram 11%, chegando a US$ 1,41 bilhão, ou US$ 1,09 por ação, nos três meses encerrados em 31 de março, em comparação com US$ 1,27 bilhão, ou US$ 0,98 por ação, um ano antes.
Analistas esperavam US$ 1,05 por ação, de acordo com estimativas compiladas pela LSEG.
Schwarzman, um apoiador de longa data de Trump, disse no mês passado que as tarifas poderiam aumentar a capacidade de fabricação nos EUA, embora ele tenha feito essa afirmação antes de o escopo completo das tarifas ser revelado.
Desde então, vários executivos de alto nível aumentaram seus alertas de recessão e pediram ao governo que negocie acordos comerciais.
A Blackstone recebeu US$ 61,64 bilhões em entradas de capital no trimestre, o que ajudou seus ativos sob gestão a subir 10%, para US$ 1,17 trilhão.
Cerca de metade das entradas foi direcionada para o segmento de crédito e seguros, que oferece uma ampla gama de opções de financiamento de dívidas para empresas.