O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou nesta quarta-feira (5) que Israel comunicou aos Estados Unidos sua posição sobre negociações diretas com o Hamas, sem fornecer detalhes adicionais.
“Israel expressou aos Estados Unidos sua posição sobre conversas diretas com o Hamas“, declarou o gabinete de Netanyahu.
Segundo fontes informadas à Reuters, o governo Trump teria realizado conversas secretas com o Hamas na tentativa de assegurar a libertação de reféns americanos ainda mantidos em Gaza.
A Casa Branca declarou nesta quarta-feira (5) que o enviado especial dos Estados Unidos para assuntos de reféns, Adam Boehler, tem autoridade para negociar diretamente com o Hamas.
“No que se refere às negociações, o enviado especial que está envolvido nessas discussões tem autoridade“, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Ela acrescentou que Israel foi consultado a respeito e que o trabalho de Boehler é um “esforço de boa fé para fazer o que é certo para o povo americano”.
O governo de Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo para a Faixa de Gaza e a libertação gradual de reféns e prisioneiros palestinos.
Israel realizou intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, de acordo com contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino, o que resultou no deslocamento de grande parte da população de Gaza.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.