O Hamas manifestou, nesta terça-feira (4), seu apoio ao plano de reconstrução de Gaza proposto pelo Egito, solicitando que sejam disponibilizados os recursos necessários para sua implementação. A manifestação ocorreu após uma reunião de emergência no Cairo, onde os países árabes endossaram a proposta egípcia.
O plano adotado representa uma alternativa à iniciativa de Trump de promover um êxodo de palestinos e uma reconstrução de Gaza pelos EUA, uma possibilidade que gera preocupações de desestabilização regional.
O Plano de Reconstrução do Egito para Gaza é um documento detalhado de 112 páginas, que contém mapas de como as terras seriam reconstruídas, além de diversas imagens coloridas geradas por inteligência artificial de projetos habitacionais, jardins e centros comunitários. O plano abrange a construção de um porto comercial, um centro de tecnologia, hotéis à beira-mar e um aeroporto.
O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, também expressou seu apoio à proposta egípcia e apelou a Trump para que apoiasse um plano que não envolvesse o deslocamento de moradores palestinos.
Abbas, no poder desde 2005, declarou sua prontidão para realizar eleições presidenciais e parlamentares assim que as condições permitirem, reforçando que a AP é a única força governamental e militar legítima nos Territórios Palestinos.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou a declaração da cúpula árabe, alegando que ela “não aborda“ a realidade da situação após o ataque do Hamas em 7 de outubro.
“O brutal ataque terrorista do Hamas, que resultou na morte de milhares de israelenses e no sequestro de centenas de pessoas, não é mencionado, nem há qualquer condenação a esta entidade terrorista assassina“, afirmou o Ministério das Relações Exteriores.
Adicionalmente, o ministério reiterou seu apoio à ideia do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmando que os Estados árabes a rejeitaram sem oferecer uma oportunidade.