A implementação das tarifas dos Estados Unidos contra Canadá, México e China manteve a preocupação dos investidores com os potenciais efeitos econômicos de uma guerra comercial iniciada pela Casa Branca e impactou o dólar, que caiu em relação a outras moedas fortes, mas subiu em relação ao peso mexicano.
Conforme anunciado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seguiu adiante com os planos de tarifar em 25% as importações do México e Canadá e em 20% os produtos vindos da China.
Os governos canadense e chinês anunciaram medidas retaliatórias.
“As pesadas tarifas vão prejudicar o crescimento do Canadá e do México, mas também terão um efeito de significativo resfriamento na atividade em setores industriais importantes dos Estados Unidos que estão profundamente integrados na América do Norte, especialmente o de automóveis”, disse o estrategista-chefe de câmbio do Scotiabank, Shaun Osborne, em um relatório.
“Os preços devem subir num momento em que já há sinais de perda de ritmo de crescimento e de inflação persistente”.
O euro subiu para US$ 158,26, enquanto a libra avançou para US$ 1,2786.
O dólar também caiu em relação ao iene, porém em menor grau (para 149,16 ienes).
Segundo o Rabobank, a moeda japonesa já vinha sendo alvo de maior demanda por parte dos investidores por apostas em uma valorização.
Dados econômicos mais fortes reforçaram as expectativas de um novo aumento nos juros do Japão em meados deste ano, e as críticas de Trump ao fato de o iene estar subvalorizado em relação ao dólar também entram nesta conta.
Em relação ao peso mexicano, o dólar subiu para 20,7009 pesos. O avanço foi mais intenso do que em relação ao dólar canadense (1,4477 por dólar).
O Canadá prometeu taxar em 25% parte dos produtos importados dos Estados Unidos. O México, porém, adiou até o próximo domingo o anúncio de medidas retaliatórias.