Uma nova guerra comercial entre os Estados Unidos e a China pode ampliar as dificuldades econômicas dos produtores de soja norte-americanos, que ainda não se recuperaram completamente dos conflitos tarifários de 2018, no primeiro governo de Donald Trump, informou a American Soybean Association (ASA).
Isso ocorre porque, com a aplicação de tarifas pelos EUA, produtores de soja do Brasil e de outros países com colheitas abundantes estarão “prontos para atender qualquer demanda resultante do embate”.
“Como principal cultura de exportação dos EUA, a soja e seus produtores enfrentam impactos enormes e desproporcionais por causa das interrupções no fluxo de comércio, particularmente para a China, que é nosso maior mercado”, escreveu o presidente da entidade, Caleb Ragland.
Segundo Ragland, os agricultores estão frustrados com as medidas tarifárias de Trump, destacando que os associados não apoiam o uso de tarifas como tática de negociação.
De acordo com o comunicado, o México é o segundo maior comprador da soja em grãos, de farelo e de óleo dos EUA, enquanto o Canadá é o quarto maior cliente para o farelo. Além disso, os EUA importam a maior parte do potássio que usa do Canadá, bem como outros insumos agrícolas e equipamentos.
Diante disso, a ASA pediu, no comunicado, para que o governo “reconsidere essas tarifas e as potenciais tarifas futuras mencionadas pelo presidente Trump, além de continuar as negociações com os três países que incluam soluções não tarifárias”.