Forças israelenses mataram um comandante do Hamas na cidade de Jenin, na Cisjordânia, nesta terça-feira (4), enquanto avançavam com uma operação de semanas contra grupos militantes na área, que forçou dezenas de milhares de palestinos a fugirem de suas casas.
Os militares informaram que realizaram uma operação para prender Aysar al-Saadi, o chefe da rede do Hamas na área, e o mataram em um tiroteio no qual outro agente do Hamas também foi morto. Três outros membros do Hamas foram presos, disseram.
O grupo militante baseado em Gaza, que também construiu uma presença poderosa na Cisjordânia ocupada, confirmou a morte de al-Saadi, mas disse que isso não afetaria seu compromisso de lutar contra Israel.
A operação na Cisjordânia, que começou em janeiro, foi uma das maiores operações na área em anos e seguiu um aumento na violência desde o início da guerra em Gaza em 2023.
Milhares de tropas israelenses varreram campos de refugiados em Jenin e outras cidades na parte norte da Cisjordânia, incluindo Tulkarm e Tubas, demolindo casas e infraestrutura e forçando dezenas de milhares a sair levando apenas o que podiam carregar com eles.
Ainda nesta terça-feira, os militares saíram do campo de refugiados de Jenin e entraram nas áreas orientais da própria cidade de Jenin, cortando o fornecimento de energia e escavando estradas.
Os militares dizem que não evacuam palestinos à força, mas permitiram que os moradores que desejam deixar as áreas de combate saiam por travessias designadas.
Os palestinos dizem que as operações israelenses, que cortaram o fornecimento de água e eletricidade e demoliram dezenas de casas, não lhes deixam escolha a não ser partir.