O dólar e o Ibovespa oscilavam pouco esta quarta-feira (12), com os investidores demonstrando temores de uma guerra comercial global, o que se sobrepunha a dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos que foram, em tese, positivos para moeda brasileira.
Às 12h59, o dólar à vista avançava 0,18%, a R$ 5,8205 na venda.
No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,16%, a 123.709,56 pontos.
Na terça-feira (11), o dólar à vista fechou em baixa de 0,74%, a R$ 5,8113.
As taxas implementadas por Trump, universais e anunciadas no mês passado, atingem uma série de países que não haviam sido alvos das medidas comerciais do novo governo, como a União Europeia e o Brasil, além de outros parceiros que já vêm sofrendo ameaças tarifárias dos EUA, como México e Canadá.
Sem a possibilidade de acordos no horizonte, os países atingidos pelas tarifas já começavam a anunciar medidas de retaliação.
A Comissão Europeia disse que imporá tarifas retaliatórias sobre 26 bilhões de euros em produtos norte-americanos a partir do próximo mês, enquanto o Canadá indicou que implementará 29,8 bilhões de dólares canadenses em taxas retaliatórias contra o vizinho.
As notícias aumentavam as preocupações pelo início de uma guerra comercial ampla, o que, segundo analistas, pode distorcer cadeias de suprimentos no mundo todo, aumentando os preços de mercadorias e provocando uma recessão econômica.
“A questão global sobre os desdobramentos das políticas tarifárias de Trump, o receio de guerra comercial e impacto em uma recessão global, seguem mesmo ditando o mercado”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.
“Todo mundo perde com a deflagração de uma guerra comercial.”