O Ministério das Relações Exteriores da China declarou que continuará a desenvolver relações bilaterais com o Canadá, fundamentadas no respeito mútuo e na igualdade. A declaração foi feita após a vitória de Mark Carney na liderança do partido governante do Canadá, o que o posiciona para se tornar o próximo primeiro-ministro.
Carney, que já presidiu o Banco do Canadá e o Banco da Inglaterra, conquistou a liderança com 86% dos votos no domingo, sucedendo Justin Trudeau, que renunciou em janeiro.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, a porta-voz do ministério, Mao Ning, felicitou Carney pela vitória e incentivou o Canadá a colaborar com a China para impulsionar a melhoria e o desenvolvimento das relações bilaterais.
“Esperamos que o Canadá adote uma compreensão objetiva e racional da China e busque uma política construtiva e pragmática em relação à China”, afirmou Mao.
A vitória de Carney ocorreu um dia após Pequim anunciar tarifas sobre mais de US$ 2,6 bilhões em produtos agrícolas e alimentícios canadenses, em resposta às taxas impostas por Ottawa em outubro.
As tarifas chinesas, com entrada em vigor prevista para 20 de março, correspondem às taxas de importação de 100% e 25% que o Canadá impôs a veículos elétricos e produtos de aço e alumínio fabricados na China.
Mao defendeu as contramedidas chinesas como “legítimas e razoáveis“, instando o Canadá a corrigir suas “práticas errôneas“ para garantir um ambiente justo, não discriminatório e previsível para as empresas de ambos os países.