O Ministério das Relações Exteriores da China declarou que continuará a desenvolver relações bilaterais com o Canadá, pautadas no respeito mútuo e na igualdade. A declaração ocorreu após a vitória de Mark Carney na liderança do partido governante do Canadá, o que o posiciona para se tornar o próximo primeiro-ministro.
Carney, ex-presidente do Banco do Canadá e do Banco da Inglaterra, não tem experiência em cargos eletivos. Ele conquistou a liderança do partido com 86% dos votos no domingo (9), e irá suceder Justin Trudeau, que renunciou em janeiro.
Durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10), a porta-voz do ministério, Mao Ning, parabenizou Carney pela vitória e incentivou o Canadá a colaborar com a China para fortalecer e desenvolver as relações bilaterais.
Mao expressou a esperança de que o Canadá mantenha uma compreensão objetiva e racional da China e adote uma política construtiva e pragmática em relação ao país.
A eleição de Carney ocorreu um dia após o anúncio de tarifas da China sobre mais de US$ 2,6 bilhões em produtos agrícolas e alimentícios canadenses, em resposta às taxas impostas por Ottawa em outubro.
As tarifas chinesas, com entrada em vigor prevista para 20 de março, correspondem às taxas de importação de 100% e 25% aplicadas pelo Canadá a veículos elétricos e produtos de aço e alumínio fabricados na China.
Mao justificou as contramedidas da China como “legítimas e razoáveis“, instando o Canadá a corrigir suas “práticas errôneas“ para criar um ambiente justo, não discriminatório e previsível para as empresas de ambos os países.
