Mesmo após a proibição da Agência Nacional de Saúde Suplementar (Anvisa), grandes redes de farmácia seguem vendendo suplementos alimentares contendo ora-pro-nóbis.
A resolução que proíbe a venda, distribuição e fabricação de suplementos alimentares que levem ora-pro-nóbis em sua composição foi publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (3) e já está em vigor.
De acordo com a Anvisa, a medida foi adotada porque a planta, cujo nome científico é Pereskia aculeata não é autorizada como constituinte para suplementos alimentares.
No dia seguinte à publicação da resolução, foi feita uma busca pelo suplemento nos sites das principais redes de farmácia que atuam no Brasil. Por volta das 11h30 desta sexta-feira (4), constatou-se que as cápsulas de ora-pro-nobis ainda estavam sendo vendidas em pelo menos cinco dessas redes.
- Drogaria São Paulo
- Drogarias Pacheco
- Pague Menos
- Panvel
- Extrafarma
As drogarias São Paulo e Pacheco pertencem ao mesmo grupo empresarial. Em outras redes, a substância é vendida, mas não na forma de suplementos alimentares. Em uma delas, há, por exemplo, um creme à base de ora-pro-nobis.
Questionada, a Anvisa afirmou que “a fiscalização da venda em farmácias é feita pelas vigilâncias sanitárias de cada local”.
O que dizem as farmácias
O Grupo DPSP –das drogarias São Paulo e Pacheco– diz que “não comercializa suplementos a base de ora-pro-nóbis em sua rede, se mantendo sempre alinhado à todas as normas que regulam o setor do varejo farmacêutico”. A empresa diz que “após a publicação da resolução da Anvisa nos canais oficiais, o grupo identificou um fornecedor do marketplace negociando esse tipo de produto e, como medida, a operação já está sendo suspensa nos canais digitais”.
A Panvel afirmou que segue “rigorosamente” as regulamentações estabelecidas pela Anvisa. “Em relação aos suplementos à base de ora-pro-nóbis, informamos que o processo de retirada imediata desses produtos de nossas prateleiras já foi iniciado e será concluído em breve, em total conformidade com as determinações da agência reguladora.”
As demais redes foram procuradas, mas ainda não se manifestaram.