A Casa Branca está mostrando sua verdadeira face em relação à Ucrânia.
Ao impor tarifas comerciais severas a 185 países esta semana, o governo Trump silenciosamente suspendeu as sanções de viagem a um dos conselheiros mais próximos de Vladimir Putin para que ele pudesse ir a Washington para negociações.
Kirill Dmitriev é o homem do dinheiro do presidente russo como chefe do fundo soberano do país. Ele estava fazendo a primeira visita de um oficial russo à capital dos EUA desde a invasão da Ucrânia por Putin, três anos atrás.
Este foi o mais recente sinal de que o presidente Donald Trump sonha com um novo relacionamento comercial dos EUA com a Rússia – mesmo enquanto ele inicia uma guerra comercial contra as economias mais ricas e diversificadas dos aliados dos EUA.
Mas a visita não foi o único sinal da posição de Trump nesta semana.
O presidente também atacou Zelensky, acusando o ucraniano de sabotar o último rascunho de um acordo há muito adiado que daria aos EUA acesso aos minerais de terras raras da Ucrânia.
Este é um “acordo” com o qual nenhum presidente ucraniano jamais concordaria. Sua nova iteração daria aos EUA poder de veto sobre um novo conselho que decidiria como os ativos seriam explorados.
Ele também afirma que a Ucrânia não se beneficiaria de nenhuma receita até que os EUA recuperassem toda a sua assistência ao esforço de guerra — um valor que Trump — inflando enormemente a verdade — diz ser superior a US$ 350 bilhões.
Essas condições draconianas mostram uma tentativa de saquear os recursos da Ucrânia e forçar a vítima violada da guerra a pagar uma forma de reparação a um terceiro — os Estados Unidos.
Trump insiste que tudo o que ele quer é acabar com a matança na Ucrânia — uma meta louvável. Mas em mais um sinal de suas prioridades, autoridades disseram na quinta-feira (3) que o secretário de Defesa Pete Hegseth não deve comparecer à reunião da semana que vem do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia em Bruxelas.