As medidas adotadas pelos Estados Unidos contra a China estão “longe de ser brincadeira”, afirmou o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent.
Segundo ele, a China representa o “maior concorrente econômico” e o “maior rival militar” dos EUA, e as tarifas “elevadas” são um reflexo da intensidade dessa competição.
No entanto, Bessent também destacou que “ninguém quer que essas tarifas permaneçam” por muito tempo, já que não são consideradas “sustentáveis” a longo prazo.
“Não é necessário haver descolamento em relação à China, mas isso pode acontecer”, reforçou.
O secretário também esclareceu que as conversas agendadas com a Espanha para esta semana não terão como foco as tarifas, ao contrário das discussões com o Japão, que se concentram em ajustes comerciais.
Em relação ao mercado global, o dólar segue como o principal ativo de segurança, diz ele.
Em entrevista à Bloomberg, Bessent demonstrou confiança na moeda americana, afirmando que “não tem preocupações quanto ao dólar”.
Ele ainda mencionou que o Tesouro possui “uma grande caixa de ferramentas” para lidar com flutuações nos mercados, mas ressaltou que ainda está “muito longe” de precisar acionar planos de contingência para a economia.
Bessent também abordou questões relativas ao Federal Reserve (Fed), especialmente o processo de sucessão do atual presidente da instituição, Jerome Powell.
Ele revelou que, dentro de seis meses, o Tesouro começará a “entrevistar substitutos” para Powell, destacando que “Trump e eu conversamos sobre o futuro presidente do Fed a todo momento”.