Os contratos futuros de cacau negociados na bolsa ICE foram negociados próximos aos níveis mais baixos em quatro meses, antes de uma recuperação tardia. O mercado ainda está precificando as previsões inesperadas de um excedente nesta temporada, com os negociantes alertando sobre as condições de sobrevenda.
Enquanto isso, o açúcar bruto se recuperou e o café se manteve estável.
O cacau em Londres caiu 3 libras, para 6.531 libras por tonelada métrica, tendo sido negociado mais cedo próximo aos preços mais baixos desde o início de novembro, em 6.182.
O mercado de cacau está na defensiva após a projeção surpresa da Organização Internacional do Cacau de que o mercado registrará um excedente de 142.000 toneladas na atual temporada 2024/25.
No entanto, os negociantes disseram que o cacau estava tecnicamente sobrevendido, já que grande parte da previsão da organização se baseia na redução do consumo em resposta aos altos preços, em vez de uma melhor produção.
As chegadas de cacau aos portos da Costa do Marfim, o maior produtor, aumentaram 14,8% desde o início da temporada até 9 de março, em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a safra foi devastada por clima adverso e doenças.
O cacau em Nova York se recuperou mais tarde e terminou em alta de 1,7%, a US$8.430 a tonelada, tendo perdido 9% na semana passada.
Açúcar
Os contratos futuros do açúcar bruto fecharam em alta de 0,54 centavo, ou 2,9%, a 18,85 centavos de dólar por libra-peso, depois de cair 6% na semana passada.
O açúcar está sendo impulsionado pela diminuição das perspectivas de produção na Índia e na Tailândia, bem como pelo clima mais seco do que o normal no Brasil, o maior produtor.
“As condições de seca no centro-sul do Brasil estão ganhando mais atenção, já que fevereiro/março apresentam uma virada mais seca depois de excelentes chuvas anteriores que tinham sido muito bem-vindas para a safra de cana 25/26”, disse Green Pool.
