As taxas dos DIs fecharam em alta nesta segunda-feira (10), destoando da forte queda dos rendimentos dos Treasuries. A aversão ao risco dos investidores, motivada por temores de recessão nos Estados Unidos, impactou de maneira distinta as curvas de juros ao redor do mundo.
Ao final da tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 atingiu 14,775%, em comparação com o ajuste de 14,725% da sessão anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 registrou 14,645%, frente ao ajuste de 14,583%.
Nos contratos de prazo mais longo, a taxa para janeiro de 2031 alcançou 14,75%, ante os 14,692% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 apresentou uma taxa de 14,74%, em comparação com 14,688%.
O foco dos mercados globais neste pregão concentrou-se na maior economia do mundo, com declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, no fim de semana, intensificando as preocupações recentes sobre uma possível contração da atividade econômica no país.
Em entrevista à Fox News, exibida no domingo, Trump evitou prever os impactos econômicos de suas tarifas sobre os principais parceiros dos EUA, limitando-se a mencionar que a economia americana passará por um “período de transição” devido às ações tomadas por seu governo.
Investidores interpretaram as declarações como uma admissão de Trump à possibilidade de uma recessão no curto prazo, caso isso contribua para a implementação de sua política comercial e outras medidas.