Alexandre Padilha, o novo titular da Saúde, e Gleisi Hoffmann, que comandará a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), tomaram posse com discursos em prol da melhora na articulação do governo.
Acenos e recados foram feitos para congressistas, dirigentes partidários, representantes de estados e municípios, integrantes de poderes públicos, desafetos políticos e a integrantes do próprio governo federal.
A cerimônia lotou o Palácio do Planalto, em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não discursou e deixou a missão de encantar aliados para os dois ministros escolhidos. As trocas na Esplanada fazem parte da reforma ministerial conduzida pelo chefe do Executivo, que busca reverter a queda na popularidade.
Padilha fez, inclusive, aceno aos ex-presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de quem foi alvo de críticas públicas, e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Agradeceu também aos atuais chefes das Casas, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e senador Davi Alcolumbre (União-AP), que estavam presentes no evento.
Na mesma linha, em busca de azeitar a relação com o Congresso, Gleisi destacou a intenção de ter uma “atuação conjunta” com os presidentes.
“Com vocês [Motta e Alcolumbre], quero manter uma relação respeitosa, franca, solidária e direta. Não tenham dúvidas, estarei sempre aqui para conversar, ouvir críticas e acolher sugestões”, afirmou.
Nova responsável pela articulação política, Gleisi também agradeceu a líderes de siglas aliadas ao governo e citou a missão de construir uma base de apoio “estável”. As sinalizações ocorrem em momento em que partidos do centro demonstram insatisfação com o Executivo e ameaçam deixar a base aliada.
A cerimônia desta segunda-feira foi realizada em meio à expectativa de novas trocas, diante da pressão de partidos do Centrão por mais espaço na Esplanada, em troca de apoio no Congresso.