O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou um aumento de 1% em fevereiro, após um avanço de 0,11% no mês anterior, impulsionado por uma forte pressão de preços tanto no atacado quanto no varejo, conforme divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (10).
O resultado, ligeiramente inferior à expectativa de 1,15% em pesquisa da Reuters, elevou a taxa acumulada do índice em 12 meses para 8,78%.
No período analisado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), responsável por 60% do indicador geral, apresentou um aumento de 1,03%, revertendo a variação positiva de 0,03% do mês anterior.
“As principais influências nos preços ao produtor foram os ovos e o milho, ambos impactados em fevereiro pelo mesmo fator: demanda elevada e baixa disponibilidade. No caso do milho, somam-se desafios logísticos, o que tem pressionado os preços de forma temporária, com potencial de afetar outros produtos da cadeia alimentar, especialmente as proteínas animais”, explicou Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
Dentro do IPA, os preços dos ovos tiveram um aumento expressivo de 33,86% em fevereiro, após uma queda de 2,05% no mês anterior, enquanto o milho em grão passou a subir 4,80%, revertendo um recuo de 1,66%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-DI, indicou um aumento na pressão sobre os consumidores, acelerando a alta para 1,18% em fevereiro, em comparação com 0,02% em janeiro.