Autoridades da China sinalizam mais estímulos caso crescimento desacelere

Autoridades da China sinalizam mais estímulos caso crescimento desacelere

Autoridades chinesas sinalizaram nesta quinta-feira (6) um maior afrouxamento da política monetária “em um momento apropriado” e deixaram a porta aberta para mais medidas de estímulo, além das anunciadas na reunião anual do Parlamento desta semana, caso o crescimento econômico desacelere.

O ministro das Finanças, Lan Foan, o presidente do banco central chinês, Pan Gongsheng, e outras autoridades falaram à imprensa um dia depois que o primeiro-ministro, Li Qiang, disse a parlamentares que Pequim pretende manter o crescimento econômico a uma taxa de aproximadamente 5% neste ano.

Pan reiterou sua posição de que o Banco do Povo da China reduzirá as taxas de juros e injetará liquidez no sistema financeiro por meio de cortes no montante que os bancos são obrigados a manter como reservas “em um momento apropriado”.

Diante das pressões deflacionárias e prevendo o aumento das tensões comerciais, os principais líderes da China abandonaram, em dezembro, a postura “prudente” da política monetária, que durou 14 anos, e adotaram uma postura “moderadamente frouxa”.

Desde então, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou as tarifas sobre a China, ameaçando seu complexo industrial em expansão, em um momento em que a demanda doméstica persistentemente lenta e a crise do setor imobiliário estão tornando a economia cada vez mais vulnerável.

No entanto, o banco central ainda não reduziu as taxas de juros ou a taxa de compulsório dos bancos – medidas que, em setembro de 2024, ele disse que pretendia implementar até o final do ano.

O principal obstáculo para um maior afrouxamento tem sido a necessidade de manter o iuan estável em relação ao dólar, o que também é um dos objetivos declarados do Banco do Povo da China.

Rolar para cima