Carnaval 2025: Fabíola de Andrade usa fantasia com inicial de marido preso

Carnaval 2025: Fabíola de Andrade usa fantasia com inicial de marido preso

A influenciadora Fabíola de Andrade, 38 anos, desfilou como Rainha da Mocidade Independente de Padre Miguel no Sambódromo Marquês de Sapucaí, na noite de terça-feira (4), usando uma fantasia com a inicial R, em referência ao seu marido, Rogério de Andrade, que está preso desde outubro do ano passado.

No Instagram, a Mocidade explicou que a fantasia de Fabíola representa “a busca do homem por superação através da tecnologia, acreditando se tornar divino“.

Rogério de Andrade, presidente de honra da Mocidade, é acusado pelo homicídio qualificado de outro contraventor, Fernando Iggnácio, ocorrido em novembro de 2020, que foi assassinado a tiros em um heliponto na zona oeste do Rio de Janeiro.

O mandado de prisão contra Rogério foi cumprido pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), em sua casa, na Barra da Tijuca.

O MPRJ havia denunciado o bicheiro pelo crime em março de 2021. Ele já havia sido alvo de outra operação do órgão contra um grupo de extermínio envolvido com o jogo do bicho, no dia 9 de outubro.

Entre os alvos estavam ex-policiais e policiais militares ligados ao bicheiro e a Flávio da Silva Santos, presidente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

Rogério de Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, considerado o primeiro bicheiro a ficar famoso no Rio, assumiu os negócios da família após a morte do tio, em 1997. A sucessão só foi definida após uma disputa violenta pelo poder.

Rogério, que era braço direito de Castor, deveria dividir a herança e a administração dos negócios ilegais com o filho do bicheiro, Paulo Roberto de Andrade, e com o ex-cunhado, Fernando Iggnácio.

Paulinho de Andrade, como era conhecido o filho de Castor, foi morto a tiros em 1998, enquanto saía de uma empresa dele na Barra da Tijuca.

Desde os homicídios dos parentes, Rogério de Andrade passou a ser o único herdeiro do império de Castor, que inclui diversas empresas, escola de samba e exploração do jogo do bicho, com máquinas caça-níqueis, bingos e cassinos em toda a zona oeste do Rio de Janeiro.

Com fantasias futuristas, painéis de LED e robôs humanoides, a Mocidade Independente de Padre Miguel buscou conscientizar sobre as consequências do uso indiscriminado da tecnologia. A apresentação contou com 24 alas, sete alegorias e três mil componentes.

A Mocidade levou para a avenida o enredo “Voltando para o futuro, não há limites para sonhar”, desenvolvido pelo casal de carnavalescos Renato e Márcia Lage. Márcia faleceu em janeiro, aos 64 anos, vítima de leucemia.

Durante o desfile, a ala das baianas apresentou dificuldades na evolução, com falta de uniformidade nos movimentos. Do alto, era possível perceber que parte dos componentes se deslocava de maneira desalinhada, criando espaços visíveis na formação.

Além disso, a porta-bandeira da escola, Bruna Santos, precisou de um “truque” para conseguir balançar o mastro de sua fantasia, molhando o pano da bandeira para garantir que o vento não a movesse demais, tornando sua performance mais fluída.

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