A líder da ultradireita da França, Marine Le Pen, foi condenada por peculato nesta segunda-feira (31) e se tornou inelegível a cargos públicos por cinco anos. O veredicto a impede de concorrer na disputa presidencial de 2027. Ela deve recorrer da decisão.
Além disso, Le Pen foi condenada a quatro anos de prisão e a pagar uma multa de 100 mil euros. Entretanto, dois anos da condenação à prisão terão a execução suspensa, sendo que ela passaria os dois anos restantes em prisão domiciliar, não atrás das grades.
Ela deve recorrer das sentenças de prisão e multa, sendo que essas punições não serão aplicadas até que os recursos sejam esgotados.
O partido da líder de ultradireita, o Reunião Nacional (RN) também foi multado em dois milhões de euros (US$ 2,16 milhões), metade dos quais foi suspensa.
Marine Le Pen, seu partido Reunião Nacional e cerca de 20 integrantes da sigla foram acusados de desviar mais de 4,1 milhões de euros de fundos do Parlamento Europeu para pagar funcionários que trabalham para o partido na França.
Os réus disseram que o dinheiro foi usado legitimamente e que as acusações usaram como base uma definição muito restrita do que um assistente parlamentar faz.
O juiz Benedicte de Perthuis decidiu que Le Pen, juntamente com 12 assistentes parlamentares e outras oito pessoas que eram legisladores da União Europeia na época, eram culpados de desvio de fundos da UE.
Os réus não foram acusados de embolsar o dinheiro desviado, mas de usar fundos da União Europeia em benefício de seu partido.