Dois homens-bomba lançaram dois veículos carregados de explosivos contra uma instalação de segurança no noroeste do Paquistão nesta terça-feira (4), resultando na morte de pelo menos 12 civis, incluindo sete crianças, conforme informações da polícia e dos serviços de resgate.
A explosão causou o desabamento do telhado de uma mesquita vizinha, logo após os moradores terem interrompido o jejum do Ramadã. Um militar relatou que o mercado local estava repleto de compradores, solicitando anonimato.
O militar mencionou que mais militantes tentaram invadir a instalação militar após a explosão, mas a tentativa foi frustrada pelas forças de segurança. Segundo ele, seis militantes foram mortos em um confronto armado.
O porta-voz do Hospital Bannu, Muhammad Nauman, informou que o ataque resultou em 12 mortos e 30 feridos, todos civis que ficaram presos sob edifícios e paredes desmoronadas. Uma lista do hospital indicou que pelo menos sete crianças estavam entre as vítimas fatais.
O serviço local Rescue 1122 declarou que está em busca de mais vítimas sob os escombros dos edifícios destruídos.
Vídeos da cena mostram moradores revirando pilhas de tijolos e removendo andaimes de metal em meio aos destroços.
O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, expressou sua condenação ao ataque, afirmando que “as ambições malignas dos inimigos do Paquistão nunca serão bem-sucedidas”.
Ainda não está claro quem está por trás do ataque. Ataques do grupo militante islâmico Talibã paquistanês (TTP) têm aumentado nos últimos anos contra a polícia e os militares paquistaneses em áreas próximas à fronteira com o Afeganistão.
Ali Amin Gandapur, o ministro-chefe de Khyber Pakhtunkhwa, a província fronteiriça onde ocorreu a explosão, condenou o incidente e informou que solicitou um relatório às autoridades policiais seniores sobre a explosão.
