O Kremlin declarou nesta terça-feira (4) que a suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia seria a melhor contribuição para a paz. No entanto, ressaltou que a Rússia precisa de mais informações sobre a ação do presidente americano, Donald Trump.
Um funcionário da Casa Branca informou que Trump suspendeu a ajuda militar à Ucrânia após um confronto com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na semana anterior.
Trump, que conversou com Vladimir Putin em 12 de fevereiro e expressou o desejo de ser lembrado como um “pacificador”, alterou a política dos EUA em relação à guerra na Ucrânia, argumentando que o conflito pode desencadear uma Terceira Guerra Mundial e que Kiev não tem mais influência na situação.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, adotou uma postura cautelosa em relação aos relatos de suspensão da ajuda americana e afirmou que os detalhes precisam ser verificados.
“Se isso for verdade, então esta é uma decisão que pode realmente encorajar o regime de Kiev a aderir ao processo de paz”, disse Peskov.
“É evidente que os Estados Unidos têm sido o principal fornecedor desta guerra até agora. Se os Estados Unidos deixarem de ser um fornecedor de armas ou suspenderem esses suprimentos, provavelmente será a melhor contribuição para a causa da paz.”
O presidente russo, Vladimir Putin, enviou dezenas de milhares de tropas para a Ucrânia em 2022, desencadeando o maior confronto entre Moscou e o Ocidente desde o auge da Guerra Fria.
O conflito no leste da Ucrânia teve início em 2014, após a deposição de um presidente pró-Rússia na Revolução Maidan da Ucrânia e a anexação da Crimeia pela Rússia, com forças separatistas apoiadas pela Rússia lutando contra as forças armadas da Ucrânia.
Atualmente, a Rússia controla pouco menos de um quinto da Ucrânia, cerca de 113.000 km² do território ucraniano, enquanto a Ucrânia controla aproximadamente 450 km² do território russo, segundo mapas de código aberto da guerra.