O Acadêmicos do Salgueiro encantou a Sapucaí na madrugada desta terça-feira (4) com o enredo “Salgueiro de Corpo Fechado”, que explorou os rituais de proteção espiritual e a profunda conexão entre a fé e a cultura afro-brasileira.
Durante o desfile, o público se uniu em um só coro, participando ativamente da apresentação idealizada pelo carnavalesco Jorge Silveira e pelo enredista Igor Ricardo.
Em um momento marcante do desfile, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Sidclei Santos e Marcella Alves, surpreendeu ao alterar sua posição original e se dirigir ao último carro alegórico.
De acordo com a escola, essa mudança inesperada foi motivada por uma consulta espiritual com uma entidade, que recomendou a alteração. Em resposta ao pedido da entidade, a vestimenta dos componentes, originalmente planejada em branco e vermelho, foi modificada.
No aquecimento para o desfile, a escola utilizou sambas clássicos para envolver o público, sob a regência de Xande de Pilares, que se emocionou desde o início.
Ao longo da apresentação, a bateria inovou ao incorporar sinos em suas fantasias, criando uma sonoridade única que complementou os demais instrumentos da ala.
Para simbolizar a ligação com a proteção espiritual, a Comissão de Frente apresentou performances que retrataram rituais de proteção, enquanto as baianas, portando ramos de arruda, percorreram a avenida benzendo-se durante os quase 77 minutos de desfile.