A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, negou, neste domingo (16), ter dito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que era contra a indicação de Edinho Silva para a presidência do partido. Segundo Gleisi, ela apenas alertou sobre a importância de definir a “linha política” que o PT deve seguir e avaliar quem melhor se encaixa nesse direcionamento, tendo que a prioridade do partido deve ser a reeleição de Lula em 2026.
“[Edinho] tem todas as qualidades e todas as condições de presidir o PT, mas o problema é que nós temos outras pessoas que também querem, e tem o debate sobre a linha política. O que eu tenho dito, disse para o Edinho e disse para o presidente: antes da gente definir que nome vai ser esse, a gente tem que definir qual é a linha política que nós vamos seguir com o PT, para onde o PT vai”, afirmou em entrevista ao programa “PodK Liberados”, do senador Jorge Kajuru (PSB-GO).
No início de março, o PT teve de lidar com uma crise interna depois que um encontro reservado entre Gleisi, Lula e outras lideranças vazou na imprensa. Na ocasião, a ministra teria se posicionado contra a indicação de Edinho.
O episódio tornou pública a divisão entre apoiadores e críticos da escolha do ex-prefeito de Araraquara (SP) para o cargo, fazendo a corrente majoritária do partido, “Construindo um Novo Brasil” (CNB), a divulgar uma nota oficial sobre o tema. O texto afirmava que essa reunião com Lula buscava a “unidade” do partido, mas acabou sendo usada como “instrumento de luta interna”.