O café e uma série de outros alimentos tiveram suas respectivas alíquotas de importação zeradas pelo governo federal na sexta-feira (14).
Em nota, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) relembrou de movimento similar em 2022, em resposta à inflação decorrida da pandemia, que acabou “sem ter produzido alterações profundas no mercado”.
A entidade ressalta que a alta nos preços do café não é restrita ao Brasil, se tratando de um fenômeno mundial decorrente de uma “combinação de fatores”, como clima e a relação de oferta e demanda.
“A indústria nacional de café vivencia um dos momentos mais difíceis de toda sua história. Desde 2020, a produção nacional e internacional tem sido afetada por questões climáticas, aumento da demanda global pelo café, questões geopolíticas e o aumento do custo de produção”, escreveu a ABIC em nota.
“Diante do princípio básico da oferta e da procura, e por ser commodity negociada em bolsas internacionais (Nova Iorque e Londres), o preço da saca de café atingiu valores jamais vistos no mundo, pressionando o preço para as indústrias tanto nacionais quanto estrangeiras, e consequentemente para o consumidor”, pontuou.