A polícia do Reino Unido informou nesta sexta-feira (14) que acusou o capitão do navio porta-contêineres envolvido na colisão com um petroleiro no início da semana por homicídio culposo e negligência grave.
Vladimir Motin, de 59 anos, era o capitão do Solong, navio de bandeira portuguesa que atingiu o petroleiro Stena Immaculate, que transportava combustível de aviação militar, quase em velocidade máxima na segunda-feira (10).
Motin foi detido sob custódia policial e deve comparecer ao Tribunal de Magistrados de Hull no sábado (15), conforme comunicado da polícia.
Um membro da tripulação, o filipino Mark Angelo Pernia, de 38 anos, faleceu, enquanto os outros 36 tripulantes sobreviveram e foram levados para a costa.
A colisão resultou em grandes incêndios e derramamento de combustível de aviação no mar. As preocupações iniciais sobre um desastre ambiental diminuíram, com avaliações indicando que o combustível de aviação havia queimado em grande parte e não havia sinais de outros vazamentos nos navios.
Empresas de salvamento abordaram os dois navios na quinta-feira (13) e estavam realizando avaliações iniciais de danos, informou a guarda costeira. Em uma atualização nesta sexta, foi mencionado que havia apenas pequenos focos de fogo, que não estavam causando “preocupação indevida”.
A polícia declarou que extensas linhas de investigação estão em andamento, mas o processo é demorado, já que os navios ainda estão no mar e há um grande número de testemunhas envolvidas.
A embaixada da Rússia em Londres informou em comunicado compartilhado na plataforma de mensagens Telegram que teve uma “conversa telefônica detalhada” com o capitão na quinta-feira e que ele estava se sentindo bem.
A embaixada também afirmou estar em contato próximo com as autoridades britânicas. O incidente ocorre em um período de relações tensas entre Londres e Moscou.
Cinco cidadãos russos estavam a bordo do navio porta-contêineres, segundo a TASS, citando a embaixada.