A alta de 0,13% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em janeiro foi decorrente de elevações em 14 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O resultado do IPP em janeiro, positivo pela 12ª vez seguida na comparação mensal, foi o menor dessa sequência,” observou Alexandre Brandão, analista do IPP no IBGE, em nota oficial.
“Essa desaceleração está vinculada, em grande parte, à variação negativa dos preços de alimentos”, afirma o analista.
“Deve-se levar em conta a apreciação do real diante do dólar, na passagem de dezembro para janeiro (1,2%), que tem impacto sobre vários setores, como fumo, madeira, mas também alimentos e metalurgia. Por outro lado, fatores de mercado entram na explicação dos movimentos observados”, ressalta.
As maiores altas de preços em janeiro ocorreram em máquinas e materiais elétricos (1,85%), outros químicos (1,72%), refino de petróleo e biocombustíveis (1,49%) e produtos de metal (1,46%).
Já as maiores contribuições para a taxa do IPP partiram das atividades de refino de petróleo e biocombustíveis, com 0,15 ponto porcentual de influência, e outros produtos químicos, com 0,14 ponto porcentual.